sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ela queria apenas que ele dissesse o que sente, por mais que não fosse o mesmo que ela sentia, ela gostaria de saber. A dúvida estava acabando com ela, despedaçando-a, destruindo-a.
Todos sabiam que ela não era mais uma pra ele mas ela não queria saber só isso, ela queria saber o que sentir, o que dizer, o que fazer. Ela estava, aos poucos, se perdendo em seu mundo, onde criara respostas para todas as suas perguntas, onde se refugiava quando sentia-se sozinha. Seu mundo, agora, era a unica coisa que ela tinha, a unica coisa que fazia ela se sentir bem, o unico lugar onde ela se sentia bem, em paz, tranquila.
Um dia, eles se encontraram. Ele foi tão fofo, tão atencioso que ela não queria nunca mais soltá-lo, queria parar tudo e ficar em seus braços, sentindo seu perfume e ouvindo sua respiração. Sem pensar em nada. Sem dizer uma só palavra. Estavam só apenas no quarto mas era como se estivessem só no mundo.Ela estava mais feliz do que nunca, radiante. Palavra nenhuma seria capaz de descrever a sensação que aquilo causara dentro dela… Mas ela não podia ficar mais, tinha que ir embora. E, com o coração na mão, foi.
Todos comentavam sua felicidade, ela não conseguia disfarçar. Estava encantada com tudo que havia acontecido, um pouco arrependida por algumas coisas mas, em geral, encantada. Maravilhada. Plenamente feliz. E nada conseguiu acabar com sua felicidade, não naquele dia e não na manhã seguinte mas, quando chegou em casa, após a escola, percebeu que agora seriam só lembranças.
Tudo tinha acabado. Foi como um sonho, do qual ela acordou mais rápido do que gostaria. Ao pensar nisso, ela se desesperou, chorou mas percebeu que valeu a pena.  E o que maisa afligia era não saber porque tudo havia acontecido. Ela estava convencida de que o amava mas e ele? O que ele sentia por ela? Será que ele sabia mesmo o significado que seus atos tinham para ela? Tantas perguntas vagavam em sua mente, tanta coisa passava em seus pensamentos e ela não sabia como traduzir tudo o que estava sentindo. Dúvida, encantamento, desespero, felicidade, medo, paixão, tristeza… Era tanta coisa ao mesmo tempo que ela se sentia perdida, agoniada.
Agora, ele invadia também o mundo dela, o seu refúgio. Acordava e adormecia com ele no pensamento e, cada vez mais, surgiam perguntas que gostaria de saber mas, cada vez mais, crescia o medo das respostas. E ela está assim, tentando seguir a vida, tentando esquecer, tentando fingir que não o ama e que tudo vai ficar bem. Porque ultimamente a coisa que ela mais tem feito é fingir, que está tudo bem ou que vai ficar bem, que não importa, que é forte, que é capaz de esquecer, que sabe o certo a se fazer, que vai superar quando, na verdade, ela tem absoluta certeza de que nada disso acontecerá.
Mesmo assim, ela continua tentando, e tentando, e tentando. Pra ver se um dia, talvez, ela consiga tornar tudo isso realidade. Quem sabe?
(.1903.)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

eu não consigo entender,

tenho uma vontade louca de falar com voce, te ligar, mandar mensagem mas acho que vou incomodar, que você não quer falar comigo. Penso assim: se você quisesse, falaria comigo mas ai me lembro que, mesmo quando eu sabia que você queria, nunca falava. É um hábito seu, um hábito ruim.
Digo que superei, que estou bem e não te quero. Ai vejo seus tweets, nosso histórico e penso nos momentos juntos e lembro porque você é tão especial pra mim, foi tudo tão intenso, tão importante, tão inesquecível.
Acho que o que sinto não é amor, é medo de esquecer, de perder, de deixar pra trás. Eu não quero que você faça parte do passado, mesmo como amigo, te quero no meu presente e no meu futuro! Eu não quero que tudo aquilo sejam simples momentos que vivemos, não quero que tenham sido em vão mas acho que seria melhor se eu me conformasse que já era, não volta mais.
Quando lembro de nós dois juntos, sentados na calçada em frente à sua casa, lembro do quanto era bom estar contigo, te abraçar, te beijar, sentir seu calor, rir com você de coisas a toa, tenho vontade de sair correndo, tentando voltar no tempo e parar naquele instante, em que eu tinha você comigo.
Agora, dói saber que não sei nada sobre você e que talvez nunca saiba e não ter certeza se você quer ou não falar comigo. As vezes, do nada, sinto uma necessidade de falar com você que nenhum outro é capaz de suprir, só conversar, como amigos mesmo. Não sei, parece que só você é capaz de me ouvir e me acalmar, me fazer sentir bem.
Mas eu me contenho, e acabo ficando só na vontade. Talvez você tenha razão em não ter senso e fazer o que quiser, mas eu não consigo simplesmente agir assim, há algo em mim que me bloqueia, me mostra os riscos, me faz ter medo. Então, eu fico aqui imaginando como teria sido se eu tivesse tido coragem o suficiente pra enfrentar tudo e ir atras de você, te pedir ajuda, pedir um conselho, um abraço, como um amigo, como um irmão, como alguém que eu sei que você é, fofo, gentil, compreensivo... Alguém que você deixa escondido embaixo de um orgulho, uma máscara, que não permite aproximação de muitos. E eu realmente sinto uma necessidade enorme de ser uma das poucas pessoas a conhecer o que há em você por debaixo dessa máscara, mas acho que não irei.
Um dia eu supero, eu espero. 

Capriicho ama xD

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